MONTES CLAROS É A ÚNICA CIDADE DO BRASIL QUE EXIGE PASSAPORTE DE VACINA
O governo federal definiu que que não exigirá o comprovante de imunização de viajantes para a entrada no Brasil. O país solicitará aos turistas não vacinados uma quarentena de cinco dias após a entrada no país. Em entrevista ao Estado de Minas, o infectologista Carlos Starling, do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 de Belo Horizonte, classificou a decisão como 'equivocada'
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que o Brasil adote a exigência do comprovante de vacinação contra a COVID-19 para a entrada de viajantes. Entretanto, a recomendação não foi acatada e no lugar de um comprovante, a regra será quarentena de cinco dias e, passado esse tempo, um novo teste de COVID-19 deve ser realizado. Somente com resultado negativo os viajantes ficarão liberados para circular pelo país.
Em BH, ainda não há um passaporte vacina para participar de todas as atividades da ciadade, entretanto, existem regras para eventos, casas de shows e espetáculos, casas de festas, danceterias, estádios entre outros. Os participantes devem apresentar resultado negativo para a COVID-19 em teste do tipo RT-PCR ou Teste Rápido de Antígeno realizados até 72 horas antes da atividade ou a apresentação de comprovante de vacinação da segunda dose ou de dose única da vacina contra a COVID-19, não é possível que a cidade exija um comprovante de vacinação para viajantes, pois essa decisão deve ser federal, já que compete às fronteiras do país. "Aqui (BH) não podemos exigir um passaporte de vacinação para viajantes, isso é determinação federal.
"Essa autonomia de estabelecer uma barreira sanitária em Confins, por exemplo, não é de competência da PBH, até mesmo por se tratar de outro município. Mas um turista que vier para cá, não poderá aproveitar diversas atividades, que já elas exigem a vacinação. Agora, essas regras podem ficar até mais rígidas, dependendo da situação, com obrigatoriedade para restaurantes, por exemplo", afirma o infectologista.
Montes Claros é a única cidade do
Brasil que exige certificado de vacina para quem chega ao município do Norte de
Minas. A medida está em vigor desde 10 de dezembro, no aeroporto Mário Ribeiro
e na rodoviária, a maior da região. De acordo com o decreto da Prefeitura, quem
não estiver com a imunização completa tem que apresentar o teste RT-PCR
realizado 72 horas antes da viagem. Para o infectologista Leandro Curi, a
exigência do comprovante de vacinação é válida, já que muita gente ainda não se
imunizou. As companhias Gol e Azul operam no município e informaram que estão
cumprindo a medida.
Segundo informações do site oficial do município o comprovante
pode ser obtido pelo site "VACINAMOC"
O
Passaporte de vacinação passa a ser exigido a partir desta terça, 21 de dezembro.
A partir desta terça-feira, 21,
entra em vigor a exigência de passaporte sanitário para acesso a diversos
estabelecimentos de Montes Claros. Desta forma, pessoas maiores de 18 anos
deverão estar com o esquema vacinal completo contra a Covid-19 para ter acesso
a lojas de conveniência, bares, restaurantes, casas de festas e eventos, clubes
de lazer e serviço, reuniões maçônicas, cinemas, shows artísticos, teatros e
eventos desportivos. Para ter acesso aos
estabelecimentos, vários tipos de comprovante de vacinação estão sendo aceitos.
Entre eles está o comprovante físico, recebido no dia da imunização. Caso a
pessoa tenha perdido o seu comprovante, é possível obter a segunda via na
unidade de Saúde de referência, ou ainda pelo WhatsApp do setor de Imunologia
da Prefeitura, que é o (38) 2211-4353.
Outra opção é o site www.vacinamoc.com.br,
da Prefeitura de Montes Claros, que gera o comprovante na hora. Para aqueles
que não se vacinaram, ainda existe a opção de apresentar o teste PCR negativo,
feito com até 72 horas de antecedência.
MATÉRIA
DO PORTAL WEB TERRA DESTACA:
Montes Claros: Santa Casa pode
suspender atendimento pediátrico, enquanto médicos da UPA dão atestado e HU
está superlotado
A Santa Casa de Montes Claros informou, em reunião com
pediatras, que existe a possibilidade de interromper, a partir da próxima
segunda-feira (10), o atendimento pediátrico no pronto atendimento.
Crianças
podem ficar sem a especialidade, seja via convênio ou particular, justamente
quando a demanda do município vem aumentando. A diretoria do hospital informou
aos profissionais de saúde que se caso eles não apresentarem a escala de
plantão completa, dos meses de janeiro, fevereiro e março, o serviço será temporariamente
suspenso. O prazo dado foi de 48 horas, que termina nesta quinta-feira (6).
No dia 17 de dezembro do ano passado, uma decisão judicial foi
proferida determinando que a Santa Casa de Montes Claros tivesse, ao menos, um
pediatra exclusivo para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), “durante
7 dias por semana, 24 horas por dia, para atendimento às urgências pediátricas
no pronto-socorro, exclusivamente para a população que utiliza os serviços do
SUS; não podendo o mesmo profissional, no mesmo horário, atender paciente da
saúde privada e complementar.”
UPA
Questionada pelo Web Terra se a cidade tem condições de atender
a demanda de pacientes infantis caso falte atendimento pediátrico na Santa
Casa, a Prefeitura informou que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Chiquinho
Guimarães possui atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana, com dois
pediatras por plantão.
Porém,
no plantão noturno da unidade, dos dias 30 e 31 de dezembro de 2021, não houve
especialista na unidade.
O Web Terra perguntou novamente à Prefeitura por qual motivo não
havia pediatra de plantão em pleno ano-novo. Eles responderam que “os
plantonistas pediatras do horário noturno nos dias 30 e 31 de dezembro
apresentaram atestado médico, não sendo possível convocar outros profissionais
para substituição. Contudo o atendimento esteve normalizado no plantão seguinte
durante o dia”.
Ainda
ressaltaram, novamente, o atendimento integral na unidade e acrescentaram que
há disponibilidade de profissionais, também, no pronto atendimento do Alpheu de
Quadros, que atende das 7 às 19 horas.
Vale lembrar
que o Web Terra já noticiou o caos do atendimento pediátrico na UPA, onde mães adentram nos
consultórios e discutem com as médicas, alegando que elas estavam dando
preferência a pessoas que tinham chegado depois. Após episódios
constantes, a Guarda Municipal foi acionada para reforçar a segurança no local,
nos plantões seguintes.
HUFC
Por falar em crianças, o Hospital Universitário Clemente de
Faria (HUCF) vem absorvendo uma demanda maior do que o normal da rede local de
saúde. A sobrecarga é traduzida em números, com 1.550 atendimentos de crianças
somente em dezembro último. O aumento em relação ao primeiro mês do ano passado
impressiona: 3,3 vezes maior (foram 357 atendimentos em janeiro/2021).
“Pedimos
a colaboração da comunidade neste momento em que identificamos a alta demanda
na Pediatria, o que deixa evidente a sobrecarga no Pronto-Socorro, a porta de
entrada do Hospital nas 24 horas do dia”, observa a superintendente do HUCF,
Príscilla Izabela Barros de Menezes. Ela reforça a necessidade de compreensão
por parte dos usuários: “a situação de superlotação permanente acarreta na
grande demora para todos aqueles que procuram a instituição. Há, ainda, o risco
de exposição dos trabalhadores envolvidos na assistência contínua,
especialmente no Pronto-Socorro e Pediatria”.
A experiência da operadora de caixa, Érica Pereira da Mota,
ajuda a explicar o cenário de como o Hospital da Unimontes está absorvendo uma
grande demanda local. Mãe do pequeno Mateus, que aos 10 meses está internado há
pouco mais de uma semana no HUCF, a comerciária está na cidade para visitar
parentes e revela que passou por uma peregrinação pelos hospitais da cidade até
chegar ao Hospital e ver o filho atendido por causa de problemas respiratórios.
“Essa
viagem foi planejada, mas quando chegamos aqui, ele começou a apresentar os
sintomas. Fomos a outros hospitais e não conseguimos atendimento. Viemos para o
HUCF e, no mesmo dia, ele passou por exames que identificaram um quadro de
pneumonia com infecção no sangue. Foi uma situação complicada, mas consegui um
bom atendimento e graças a Deus espero que meu filho se recupere logo para
voltar logo para a nossa cidade, no Mato Grosso do Sul”, destacou a mãe.